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JORNALISMO CIENTÍFICO - CÂNCER DE MAMA

 

GG

É preciso peito

Todos os anos vemos, na mídia em geral, dezenas de propagandas e campanhas voltadas para prevenção do câncer de mama. Campanhas como o Outubro Rosa que nasceu de outras ações isoladas nos Estados Unidos.

Tanta divulgação tem um bom motivo, o câncer de mama é o que mais atinge mulheres no mundo todo, segundo dados da OMS. São 1,3 milhões de novos casos e 458 mil mortes por ano. No Brasil o número de mulheres acometidas são 52.680 novos casos em um ano, sendo que o risco estimado é de 52 casos a cada 100 mil mulheres. De acordo com a sociedade brasileira de mastologia uma em cada 12 mulheres desenvolverão um tumor até os 90 anos. 

  De acordo com Dr. Roberto Hegge, especialista do hospital Pérola Byigton, o câncer de mama é um “tumor maligno, que atinge a mama, uma desordem das células normais da mama”. Ainda segundo o especialista 95% das mulheres que procuram o médico é por que já apresentam um nódulo nas axilas.  Outra especialista, neste caso a médica mastologista do mesmo hospital, a Dra Ângela Ticone, diz que em geral as mulheres procuram o especialista quando já apresentam sintomas de um câncer já um pouco avançado, como lesão ulcerada (ferida) ou saída de liquido pela aureola no mamilo e que o ideal seria que o diagnóstico fosse feito antes de tudo isso. A Doutora Ângela ainda diz que o câncer pode os principais exames para o diagnóstico são mamografia seguido de ultrassom quando necessário e a biopsia com agulha grossa que segundo a médica é fundamental para fechar o diagnóstico. Os tratamentos podem variar de  paciente para paciente, dependendo do tamanho da lesão, tamanho da mama e o tipo de câncer. Os principais tipos de tratamento são cirurgia, quimioterapia,rádio terapia e a hormônio terapia, a ordem em que esses tratamentos são aplicados no paciente vai depender do tipo de tumor, tamanho da mama e da avaliação médica.

Quanto à autoestima das pacientes, a Doutora diz que as pacientes consideram a cirurgia como um procedimento castratório, uma vez que a mama é um órgão externo, ligado à sexualidade, e sentem mais agredidas do que uma pessoa que faz uma cirurgia de intestino ou estomago. “É importante mostrar a paciente que a mama é como outro órgão qualquer”

“Para o futuro, a tendência será um tratamento mais individualizado, de acordo com o câncer do paciente, e não um tratamento padrão como é feito hoje”, diz a doutora.

Quando questionada sobre a melhor maneira de prevenir a doença, Ângela diz que o melhor é evitar o sedentarismo, evitar a obesidade e o uso indiscriminado de hormônios.

 Uma lição de Otimismo

 A Sra. Terezinha Vilela teve o câncer de mama, enfrentou com bastante tranquilidade a situação, ao saber que tinha a doença. “Não sei se era porque eu trabalhava na área de saúde, mas encarei com bastante tranquilidade quando fiquei sabendo da doença”.

A senhora Terezinha diz que nada mudou em sua vida, continuou com sua rotina normalmente, e só teve problemas quando sua fez uma cirurgia com um médico que segundo ela “talvez quisesse ganhar mais dinheiro”. O especialista fez uma cirurgia muito profunda que lhe tirou quase toda a mama e ainda alegou que teria que fazer outro procedimento. Foi ai que ela procurou outro hospital e completou o tratamento com médicos que lhe pareceram mais confiáveis.

Terezinha diz que sempre procurou passar tranquilidade para os filhos e marido, e que antes e depois da cirurgia continuou fazendo tudo que gosta como viajar e ir a festas. A recomendação que ela faz as mulheres que estão passando pela mesma situação é que mantenham o otimismo e não se entreguem.